O arquiteto Rossi Baptista é de origem italiana e atuou na cidade de Salvador no início do século XX. A sua chegada à Bahia acontece por intermédio do Comendador Bernardo Martins Catharino, em 1911, para quem elabora alguns projetos, entre eles, a residência da família.
A década de 1910 corresponde à chegada, em Salvador, de diversos engenheiros, arquitetos e construtores de fora do Brasil, em sua maioria italianos. Esses profissionais eram encarregados da construção dos novos edifícios institucionais e da renovação dos antigos palácios e sobrados coloniais. Além disso, eles também foram responsáveis pela construção dos palacetes para a nova burguesia local que surgia no momento, oriunda da prosperidade da atividade industrial, das plantações de fumo no recôncavo baiano e de cacau do sul do estado.
Os dados sobre Rossi e sua atividade no Brasil não são muito extensos, mas no levantamento realizado por Paulo Ormindo de Azevedo, sobre a sua produção arquitetônica em Salvador, estima-se que Rossi Baptista projetou, reformou ou construiu pelo menos 32 edifícios em Salvador entre 1911 e 1933.
O arquiteto concentrou a sua atuação em edifícios comerciais no Comércio e na Rua Chile, e também concebeu projetos residenciais nos bairros do Canela, Barra e Graça. Em meio a tantos projetos relevantes, pode-se destacar:
- Palacete das Artes, antigo Palacete Martins Catharino (1912);
- Escola de Teatro da Universidade Federal da Bahia (UFBA), antiga residência também encomendada pela família Catharino (1912);
- Palacete Tira Chapéu, antiga sede da Associação dos Empregados do Comércio da Bahia (1914-1917);
- Residência Universitária Feminina da UFBA, antiga residência de Otávio Ariani Machado (1926);
- Igreja de São Pedro da Piedade (1916-1917).