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Etapas do Restauro

Do que é feito o restauro do Tira-Chapéu?

Um dos símbolos da arquitetura que se fazia na Bahia no início do século XX, o Palacete Tira-Chapéu é um exemplar do estilo eclético que sofreu desgastes ao longo do tempo.

O que o Tira-Chapéu não perdeu foi a sua vocação para se destacar na paisagem e na rotina da cidade. Isso porque, desde julho do ano passado, o prédio passa por um minucioso processo de restauro, privilégio que, infelizmente, ainda não alcança todos as construções históricas brasileiras.

Os passos de um restauro desta natureza costumam despertar muita curiosidade. Para acabar com o mistério, revelamos agora algumas das principais atividades da restauração do edifício localizado na Rua Chile, no Centro de Salvador.

Mais do que uma cobertura

Construída originalmente em telha cerâmica tipo Marselha, a cobertura do Palacete é decorada por adornos e esculturas.

Porém, devido ao tempo e ao clima, muitas telhas estavam danificadas e, para iniciar o processo de restauro, foi necessário identificar as peças comprometidas. Todas as telhas passaram por uma análise criteriosa para definir quais delas poderiam ser reutilizadas e as que estavam quebradas e seriam descartadas.

As telhas íntegras foram lavadas e armazenadas para a reinstalação. Já as quebradas foram retiradas e substituídas temporariamente para conter a infiltração de água da chuva. Por fim, todas as telhas limpas e restauradas foram reinstaladas na cobertura, e novas telhas semelhantes às originais foram colocadas de acordo com o padrão do edifício.

Esquadrias originais

As esquadrias dão um toque especial, emolduram a fachada e são marca registrada do ecletismo.

No Palacete, as esquadrias de madeira das fachadas encontravam-se com danos decorrentes da umidade e da ação do tempo. Para que fossem restauradas da forma mais fidedigna possível, foram realizadas prospecções estratigráficas, ou seja, de suas camadas, a fim de identificar as suas características originais.

Retiradas das paredes, as esquadrias foram limpas, com raspagem manual, lixamento e a remoção das camadas de pintura, mantendo a integridade do material. Após todo o processo de restauro, e substituição das peças mais danificadas por outras similares, elas são montadas e recolocadas no seu local de origem.

Piso do Salão Chile

Piso de ladrilho hidráulico

Ao adentrar o Palacete Tira-Chapéu, mais precisamente no Salão Chile, o piso composto por um mosaico de ladrilhos hidráulicos impressiona os visitantes. As peças eram produzidas artesanalmente na Europa e, por causa do desgaste em decorrência do tempo, precisaram passar por limpeza e recomposição para continuarem encantando.

Vitrais que atravessam o tempo

Vitral

Ao subir a escada principal do edifício, o visitante do Tira-Chapéu fica deslumbrado ao encontrar uma bela composição de vitrais.

Apesar da ação do tempo e do clima, os vitrais encontram-se, em sua maior parte, em bom estado. As partes danificadas passaram por um processo de limpeza cuidadosa, e pedaços faltantes foram recompostos a fim de recuperar a unidade da composição. Ao final, ficaram evidentes as peças novas e as originais, evitando a produção de um falso histórico.

Descobertas na pintura

Também devido às ações do tempo, as pinturas internas do Palacete passaram por desgaste e perderam as suas cores originais. Para recuperar as composições preexistentes, foi realizado o serviço de prospecção pictórica nos ambientes.

Esse processo consiste na remoção cuidadosa, camada a camada, para a análise do aspecto primitivo da pintura. Com isso, é possível identificar com mais clareza as suas características originais.

No processo de restauro, as pinturas foram limpas, consolidadas e permanecerão expostas enquanto testemunho.

 

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