fbpx

O Palacete, o Comendador e a Associação dos Empregados do Comércio

Quem observa o imponente Palacete Tira-Chapéu imagina que existe muita história por trás daquele edifício secular. Uma das principais é, sem dúvida, a de uma das maiores personalidades da burguesia baiana do início do século XX, o comendador Bernardo Martins Catharino.

Nascido em julho de 1861, em Portugal, Martins Catharino emigrou ainda jovem para o Brasil, com apenas 13 anos de idade. O português começou a trabalhar em uma empresa, tornou-se gerente e se casou com a filha do dono do empreendimento, Úrsula da Costa, passando a ser sócio da firma. Catharino recebeu o título de Comendador da Ordem da Rosa, concedido pelo Imperador D. Pedro II, um reconhecimento pelo seu legado como empresário.

Mas, em que ponto se encontraram as histórias do Tira-Chapéu, do comendador e da Associação dos Empregados do Comércio da Bahia (AECB)?

O comendador iniciou a construção do edifício em 1916, sob o comando do arquiteto italiano Rossi Baptista, o mesmo que projetou o palacete em que Catharino morava com a família no bairro da Graça, também em Salvador. O objetivo era que o prédio fosse a sede da Associação dos Empregados do Comércio da Bahia (AECB), que a cada dia se fortalecia como instituição na capital baiana.

Em 30 de dezembro de 1917, o prédio foi inaugurado em meio à efervescência cultural e financeira da Rua Chile. Em 1918, Bernardo Catharino e a sua esposa, Úrsula, realizaram a doação formal do edifício para a AECB. O comendador morreu em 1944, com 82 anos e, além da esposa, deixou catorze filhos, entre eles a educadora Henriqueta Catharino, que teve destacada atuação social, especialmente em favor das mulheres, sendo uma das fundadoras do Instituto Feminino da Bahia.

Fale Conosco

Não estamos por perto agora. Mas você pode nos enviar um e-mail e entraremos em contato com você o mais rápido possível.

Não pode ser lido? Mude o texto. captcha txt